Bancada de Amazonino em sinuca: se votar contra CPI, confirma que Deodato está fazendo política; se votar a favor, contraria Omar

O governador Amazonino Mendes (PDT) chamou para uma reunião ontem na sede do Governo os deputados mais próximos dele, para tentar encontrar um rumo para a discussão em torno do “rombo da saúde”. Ele havia acabado de receber um telefonema do senador Omar Aziz (PSD), revoltado com a forma como a situação estava sendo conduzida. Os seis parlamentares presentes à reunião saíram de lá orientados a colocar panos quentes na situação.

Na verdade, a bancada governista está numa sinuca de bico. Como a oposição voltou a pedir a instalação da CPI da Saúde, adormecida desde o governo José Melo (PROS), ela vai ter que optar por uma das duas situações: se votar contra a instalação da comissão, estará passando um recibo de que toda movimentação do secretário Francisco Deodato pelos órgãos de fiscalização é uma jogada política para tentar prejudicar apenas o ex-governador interino David Almeida (PSD); se votar a favor, estará prestando um desserviço ao senador Omar Aziz, já que as investigações alcançarão seu governo e seus parceiros.

Amazonino passou a se preocupar com o andamento da estratégia montada para desmontar a imagem de David Almeida, que saiu do governo com alto índice de aprovação.

Atualmente o Governo conta com 14 deputados na bancada. Seis parlamentares se alinham ao presidente da Assembleia, David Almeida. E outros três se declaram independentes. Para aprovar a CPI são necessárias sete assinaturas.

 

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