O prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB) acabou de postar um desabafo em suas redes sociais, a propósito das críticas que recebeu por ter ido a São Paulo terminar o tratamento contra a Covid-19. “Fiquei impressionado com as tentativas de artificializar uma crise, com o argumento de que vim a São Paulo tratar a doença que me acometeu enquanto o povo é obrigado a ficar em Manaus”, disse ele, informando que pagou tanto o vôo em UTI Aérea quanto as despesas no hospital paulista com as próprias reservar.

Ele cita que outros políticos do Amazonas também recorreram ao Sírio Libanês, em São Paulo, em diversas ocasiões. “Estranho não estranharem que o ex-governador Amazonino Mendes pegou UTI Aérea, dirigindo-se exitosamente ao Sírio Libanês, ao qual, por exemplo, os senadores Eduardo Braga e Omar Aziz recorrem mais que frequentemente”, diz ele.

“Aliás, não peguei um jato particular e sim uma UTI Aérea, paga com as minhas próprias reservas e não por governo nenhum”, prossegue o prefeito. “Imaginem se eu, portador de Covid-19, pegasse um vôo comercial, contaminando todos à minha volta? Seria irresponsável e criminoso da minha parte”, acrescenta.

Segundo Arthur, a decisão de ir a São Paulo tem a intenção de realizar uma revisão na cirurgia de câncer de próstata que ele realizou em 2018, que exige exames a cada seis meses. “Já fazem 18 meses que não os realizo”, informou.

“O que eu fiz de tão errado assim? Se contraí Covid-19, é porque, mesmo tomando todos os cuidados, não deixei de me expor. Ajudamos a salvar milhares de vidas com o hospital de campanha”, lembrou Arthur. Ele ainda lembrou que sua gestão é exitosa no equilíbrio fiscal, o que lhe permite entregar obras enquanto a maioria dos municípios brasileiros passa por dificuldades. E agradeceu à mensagens de solidariedade que recebeu.