Arthur faz projeto para impedir presídios em Manaus, critica indenizações e diz que arrasaram imagem da cidade

O prefeito Arthur Neto anunciou agora há pouco, em seu perfil nas redes sociais, que enviou mensagem à Câmara Municipal de Manaus, propondo modificação no Plano Diretor e proibindo a construção de presídios no perímetro urbano da cidade.

“Não tenho poder de polícia para agir diretamente contra o crime organizado; tenho, por outro lado, o dever permanente de proteger, pelos meios a minha disposição, o povo que fui eleito para governar; em caso de fuga de presídios, como agora mesmo aconteceu no Compaj, quanto mais distantes estiverem os fugitivos da população ordeira, tanto melhor e menos grave. A ação policial será facilitada, porque barreiras certamente serão estabelecidas, tornando menos difícil o trabalho de recaptura”, justificou.

Ele considerou ainda “inadequada a colocação de presos na extinta penitenciária Raimundo Vidal Pessoa, situada em plena avenida 7 de setembro, pela absoluta incapacidade de ali se garantir a disciplina e o cumprimento das decisões legais geradoras das condenações em tela”.

“Nada parecido com a chacina do Compaj poderá e/ou deverá repetir-se em nossa cidade.
Nem me refiro ao passado recentíssimo, em que o governo estadual silenciou durante 48 horas, após a tragédia. Prefiro analisar o presente nevrálgico e pensar no futuro inevitável”, reforçou.

INDENIZAÇÕES

“Cabe, a meu ver, à empresa responsável – e não ao contribuinte – arcar com as indenizações às famílias dos mortos e o dever de ressarcir o estado das despesas de reconstrução e mobilização que se tornam necessárias e obrigatórias, como decorrência do sinistro”, acrescenta o prefeito em sua postagem. “Afinal, os mais de R$ 1,1 bilhão despendidos no espaço de seis anos, autorizam a opinião pública a cobrar providências duras, claras e urgentes. As empresas contratadas, em verdade, o foram precisamente para garantir a boa gestão dos presídios e não para permitir o contrabando de armas e orgias já de conhecimento do mundo inteiro”, diz ainda.

IMAGEM ARRANHADA

Arthur lamentou ainda que “todo o esforço feito para divulgar Manaus positivamente em eventos como a Copa 2014, as Olimpíadas, nosso réveillon pacífico e ordeiro (quase 500 mil pessoas) e o Amazon Live, tenha ido águas abaixo, com as manchetes nacionais e internacionais que registraram e registram a selvageria ocorrida e suas funestas consequências”.

E arrematou: “Uma dessas consequências poderá ser a vingança, por parte dos criminosos do Primeiro Comando da Capital (SP), contra os criminosos da Família do Norte. Tudo que não deveria existir nem nos nossos piores pesadelos”.

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