Arthur dá largada para criação do sistema de áreas protegidas

Ao abrir oficialmente a “Semana do Meio Ambiente 2019”, nesta terça-feira, 4/6, o prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB) deu o pontapé inicial para a criação do Sistema Municipal de Áreas Protegidas. Durante a cerimônia, realizada no Parque Municipal do Mindu, localizado no Parque 10 de Novembro, zona Centro-Sul de Manaus, foi lançado o grupo de trabalho que se encarregará dos estudos para a oficialização do novo sistema.

Na ocasião, também foi lançada a campanha anual de combate às queimadas urbanas, além da assinatura do decreto municipal que altera o nome da Área de Proteção Ambiental (APA) Ufam-Acariquara para APA Floresta Manaós, atendendo a uma sugestão do conselho gestor da APA, que pretende popularizar o conceito de Área de Proteção Ambiental junto à população. Tudo isso em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado nesta quarta-feira, 5 de junho.

No ano passado, a prefeitura já havia criado a APA Sauim-de-Manaus, com a finalidade de proteger o primata ameaçado de extinção, aumentando o território protegido da cidade em 1.050 hectares, o correspondente a 10,05 milhões de metros quadrados. Agora, Manaus será a primeira cidade do Amazonas a ter o próprio Sistema de Gestão de Áreas Protegidas, atendendo a meta do Planejamento Estratégico Manaus 2030, de ampliar a cobertura vegetal urbana.

“Isso é uma união da prefeitura com vários entes e instituições, para ampliarmos a defesa do sauim-de-coleira e outras espécies de animais que vivem nessas áreas. A agregação dessa área, que pertence à universidade e que passa a ser de responsabilidade nossa, é um grande avanço. O nosso objetivo é fazer com que o sauim não seja mais um animal em extinção”, declarou o prefeito, que estava acompanhado da presidente do Fundo Manaus Solidária, a primeira-dama Elisabeth Valeiko Ribeiro.

Para o procurador do Ministério Público Federal (MPF-AM), Leonardo Galeano, a criação do Sistema Municipal de Áreas Protegidas só enriquece a política ambiental desenvolvida na cidade de Manaus. “Olhamos com muitos bons olhos a existência desse sistema. Importante a formalização para que se possam estabelecer os planos de gestão, conselhos deliberativos e se inicie efetivamente o controle dessas áreas”, observou.

Em relação à mudança do nome da APA Ufam, para APA Floresta Manaós, o reitor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Sílvio Pulga, disse ser muito importante para a conscientização da sociedade a preservação da área. “Essa mudança é importantíssima, porque amplia um conceito de conscientização ambiental. A população vai entender que é dever de todos trabalharem permanentemente pela defesa do meio ambiente em nossa cidade”, destacou.

O grupo técnico interinstitucional que discutirá o projeto de lei para a criação do Sistema Municipal de Áreas Protegidas de Manaus será composto por representantes de instituições públicas municipais, estaduais e federais, universidades e sociedade civil organizada. O sistema possibilitará organizar estrategicamente todas as ações voltadas para as áreas protegidas municipais, tornando-as permanentes e eficientes.

Áreas verdes

Um dos reflexos do novo sistema será o fortalecimento das estratégias de recuperação e preservação de áreas verdes, por meio do programa “Espaço Verde na Comunidade”, que vem implantando parques da Juventude em áreas verdes antes degradadas. Somente este ano, serão entregues cinco parques da Juventude: nos conjuntos Hileia 2, Monte Sinai, Colina do Aleixo, Jardim Primavera e Subtenentes e Sargentos, elevando para 11 o número de áreas verdes contempladas com ações para a requalificação ambiental na cidade.

Com o sistema, a implantação de parques da Juventude se tornará um programa com diretrizes e metas, estabelecidas em lei, a serem cumpridas, independentemente de quem seja o gestor municipal, tornando-se, assim, um legado da gestão do prefeito Arthur Virgílio Neto. Também será possível a criação de novas categorias, como bosques, parques lineares e jardins comunitários, possibilitando que esses passem a integrar a rede de proteção do patrimônio ambiental da cidade.

Programação

Ao longo da “Semana do Meio Ambiente 2019”, serão realizadas atividades de plantio e distribuição de, ao menos, 4,1 mil mudas em vários pontos da cidade. A primeira área contemplada com plantio de espécies florestais foi o Corredor Ecológico Urbano do Igarapé do Mindu, na manhã desta terça-feira, com o plantio de mil mudas.

Na quarta-feira, 5, Dia Mundial do Meio Ambiente, o secretário municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Antônio Nelson, realiza palestra sobre o tema “Arboriza e Ornamenta Manaus – Políticas Públicas de Arborização e Paisagismo”, na sede do Ministério Público do Estado (MPE-AM), no Nova Esperança, zona Oeste, onde serão feitas também doações de mudas.

“Desde a semana passada estamos realizando palestras de programas ligados à educação ambiental e arborização da prefeitura  dentro de instituições. E vamos continuar esta semana com a entrega de paisagismo no Viver Melhor e outras ações em comemoração ao Mês do Meio Ambiente”, informou o titular da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), Antonio Nelson.

Já na quinta-feira, 6, será feita a entrega do paisagismo da rotatória do Viver Melhor 1, com plantio e doação de mudas aos moradores da área. Ambas as atividades começam a partir das 9h. Encerrando a programação, na sexta-feira, 7, a Semmas realizará uma sensibilização contra a poluição sonora, no Centro Histórico de Manaus, e fará a entrega de mudas aos doadores de sangue na Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam), Chapada, zona Centro-Sul.

Palestras também serão realizadas ao longo da semana, sempre à noite, a partir das 18h, por representantes da Semmas. As palestras acontecerão em instituições de ensino superior (UEA, Fametro e Ciesa), e na sede do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-AM).

Foto – Mário Oliveira

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