Em entrevista à Isto É, o presidente do União Brasil e pré-candidato a presidente Luciano Bivar voltou a defender o imposto único. Ele criticou o modelo de gestão do PT e de Jair Bolsonaro, lamentou a falta de comprometimento do MDB com uma bandeira, o apoio do PSDB a candidatura de Simone Tebet e ainda deixou no ar a possibilidade de uma chapa puro-sangue, com uma mulher como vice. Caso isso se concretize, ele pode atrapalhar os planos do governador do Amazonas, Wilson Lima, seu correligionário, que pretende estar no mesmo palanque do presidente Jair Bolsonaro (PL).
O deputado sustentou a candidatura do partido à presidência e sinalizou até que a chapa pode ser “puro-sangue”, com a possibilidade de ter como vice a senadora Soraya Thronicke ou a advogada Rosângela Moro, esposa do ex-ministro Sergio Moro. “Tenho conversado com diversos partidos, mas uma coisa que nos deixa confortáveis é que o União Brasil tem luz própria. Podemos sair até com uma chapa puro-sangue. Os nomes da senadora Soraya Thronicke e de Rosângela Moro estão sendo discutidos (para vice)”, declarou Luciano Bivar.
Sobre o projeto econômico do União Brasil, o pré-candidato voltou a citar o imposto único. Para ele, a simplificação tributária é inegociável. “A gente não pode continuar com esse manicômio tributário do país. Com o imposto único, vamos simplificar, de partida, onze impostos federais em um único imposto. Toda a população será tributada. E quando todos pagam, todos pagam menos”.
Luciano Bivar também falou sobre a polarização entre Lula e Bolsonaro, defendendo que o União Brasil é diferente. “Estamos unidos em favor da democracia. Isso é o mais importante. Somos diferentes de Lula e Bolsonaro, que têm métodos diferentes, mas no fundo, são inimigos da liberdade. O primeiro é contra a liberdade econômica e o segundo contra a liberdade democrática. E a perda da liberdade econômica traz, como consequência, a perda da liberdade democrática, disse Bivar, complementando ainda que tem preocupação com o futuro do país. “Tenho receio de que nosso país, amanhã, possa ser um regime de força. Quando não se respeita as instituições, principalmente a instância judicial, há um negacionismo à teoria científica do Direito. Esse negacionismo leva à barbárie”.
Por fim, o presidente do União Brasil lamentou a falta de comprometimento do MDB com uma bandeira e do apoio do PSDB a candidatura de Simone Tebet. “O que o PSDB fez caminhar para uma insignificância muito grande, porque o partido fazia parte de um bloco de siglas que pensavam da mesma maneira e preferiu se juntar a uma confederação que ninguém sabe para onde vai. Além de ser muito grande, o MDB é fragmentado em objetivos e pensamentos. Não há nem a certeza de que vão homologar a candidatura de Simone, porque eles preferem estar sempre do lado do poder.
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