Anotações da contabilidade da propina em Iranduba são periciadas pelo Ministério Público

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O Ministério Público informou que, no gabinete do secretário de Finanças de Iranduba, Davi Queiroz, foram apreendidos documentos de contabilidade da propina, que informava valores que seriam repassados a cada envolvido. Os materiais serão analisados e periciados.

O Gaeco – Grupo de Atuação Especial Regional para Prevenção e Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público Estadual – intensificou as investigações sobre a corrupção em Iranduba nos últimos três meses.  O desvio ultrapassa R$ 56 milhões em recursos municipais e estaduais.

Na residência do prefeito, as equipes apreenderam mais de R$ 20 mil reais (e não R$ 13 mil, como se especulara), além de joias e um carro que estaria no nome de uma das empresas envolvidas no esquema criminoso de fraudes em licitações.

De acordo com o promotor Lauro Tavares, a investigação aponta irregularidades em, ao menos, 127 licitações de obras e serviços que seriam executados na cidade. Os casos envolvem, além de obras, irregularidades nos serviços de transporte escolar, coleta de lixo da cidade, entre outros.

“Um total de 17 processos licitatórios não foram encontrados nem na Comissão Permanente de Licitação, nem na secretaria de Finanças, nem no gabinete do prefeito, o que indica a possibilidade desses processos sequer tenham realmente existido. São valores que foram pagos, sem que tenha existido efetivamente a formação desses processos licitatórios”, disse.

Dos 15 mandados de condução coercitiva, 11 foram cumpridos. São funcionários Públicos e empresários possivelmente envolvidos no esquema.

Participaram da operação 10 Membros e seis técnicos do Ministério Público do Amazonas, 14 delegados e 130 agentes da Polícia Civil, 8 peritos do Instituto de Criminalística e 10 técnicos da Controladoria Geral da União.

Segundo o Procurador de Justiça e Coordenador do Gaeco, Mauro Veras, esse trabalho não se encerra aqui já que provas estão sendo colhidas e pessoas sendo ouvidas. “Não é apenas ressarcir os cofres públicos , é levar esperança às pessoas que já não acreditavam mais em dias melhores”, completou.

IMAGENS DA OPERAÇÃO

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Procurador Mauro Veras diz que o mais importante é devolver a esperança para os cidadãos

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Policiais civis abrem as portas da prefeitura para ter acesso a documentos comprobatórios da corrupção

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