A política como ela é 

Quem fala e pensa que eleições no Brasil ocorrem a cada dois ou quatro anos está redondamente enganado.
Eleição por essas plagas se inicia quando uma acaba de terminar.

É que perdedores, nunca se contentam com o resultado e, ao invés de partirem para uma oposição séria, construtiva e propositiva, enveredam pelos caminhos tortuosos das críticas infundadas, da torcida contra e do boicote aos planos e projetos do vencedor.
Após uma eleição, especialmente  para o poder executivo, a civilidade se transmuta em reações raivosas, o discurso apaziguador cede espaço para a sabotagem e as relações saudáveis se deixam contaminar pelo ódio.
Não quero aqui forçar a barra e desejar que, de uma hora para outra, nossa política e seus protagonistas ajam ou se transformem num oásis de boas práticas civilizatórias onde impere sobretudo o bom senso.
Mas, não me furto o direito de sonhar, que nosso país e seus políticos, alcancem um dia determinado patamar de grandeza e nobreza, a ponto de enxergarem menos os próprios umbigos e mais o país e a nação a quem devem servir em primeiro lugar.
Por conta dessas diferenças e comportamentos inadequados por parte da nossa classe política, o Brasil têm enfrentado nas últimas décadas uma verdadeira guerra intestinal em que o grande perdedor é o povo que tem deixado de ser atendido nas suas necessidades mais básicas e prementes.
Na falta da tão propalada unidade política em favor do país e da sua gente, ocupam os espaços as querelas partidárias, o toma lá dá cá, a farinha pouca meu pirão primeiro, a corrupção e o egocentrismo.
Até quando?!
Não faltam maus exemplos de nações que mergulharam numa espiral quase sem volta de bancarrota econômica, de níveis elevados de pobreza, de retrocesso educacional e de declínio político com imposição de regimes totalitários.
Tudo é uma questão de escolha! Boas ou más escolhas.
Penso que já esteja mais que na hora de redirecionarmos nossos horizontes e gastarmos nossas energias em coisas e pessoas sobre as quais valham a pena investir.
Votar e votar bem, devem ser encarados como atitudes maduras, sérias e com consequências sejam estas boas ou más.
A política é como ela é e como a enxergamos e a vivenciamos, exatamente por causa das nossas escolhas; escolhas até aqui, no meu sentir, recheadas de equívocos e falta de critérios.
Não é porque sejamos ainda uma nação jovem e uma democracia bebê que não nos empenhemos por alcançarmos um nível mais elevado de solidez econômica, um patamar político mais adequado e uma paz social desejável especialmente para os mais pobres.
Somente aos brasileiros deve ser debitada a conta pelos retrocessos mas, também, somente a nós deverá ser creditado todo avanço e sucesso enquanto país e nação que deve aspirar ser forte, independente e justa para com seus filhos. Mas, somente se assim o quisermos.
Té logo!