A cada 100 amazonenses com Covid-19, outros 104 podem ser contaminados, diz estudo

O número efetivo de reprodução do novo coronavírus no Amazonas (fator Rt), chegou a 1.04, no último dia 25 de dezembro – superior à média brasileira, de 1.03. Medido pela Loft Science, o dado aponta que cada 100 pessoas no Estado têm capacidade para transmitir para outras 104. Há um mês, a estimativa era de 0,99. O aumento foi de 5% nesse curto período de tempo.

O aumento da capacidade de transmissão explica, por exemplo, a oscilação no número de diagnósticos no Amazonas e, em especial, em Manaus, cidade que reúne o maior número de casos de Covid-19 no Estado, e também de óbitos – 79.027 e 3.297, respectivamente. No Amazonas, os números de diagnósticos positivos e de óbitos, até o último dia 25, foram de 195.806 e 5.161, conforme o Boletim Epidemiológico da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS).

Alguns fatores que contribuem para esse aumento, conforme as autoridades em saúde, são: aglomerações que ocorrem insistentemente em Manaus mesmo após inúmeras campanhas educativas desenvolvidas pelo poder público, o desprezo pelo uso da máscara e pelo álcool gel. Na última semana, a FVS, que é vinculada ao Governo do Estado, apresentou dados que reforçam o alerta sobre a necessidade de se frear a transmissão.

Uma das consequências apontadas pela diretora-presidente do órgão, Rosimary Pinto, é o aumento no número de internações, em especial, na capital, que tem apresentado, nas últimas semanas, altas taxas de ocupação de leitos clínicos e de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para Covid-19.

Até o dia 25, conforme a FVS, a taxa de ocupação para leitos de UTI/adulto, estava em 92,86% na rede pública e de leitos clínicos, em 74,81%. Na rede privada, que também tem sido bastante afetada com a variação, a ocupação de leitos de UTI chegou a 85,96% e de clínicos, a 83,98%. Os percentuais são considerados preocupantes para as autoridades em saúde.

Em números reais, 599 pacientes estavam internados, sendo 353 em leitos (101 na rede privada e 252 na rede pública), 232 em UTI (74 na rede privada e 158 na rede pública) e 14 em sala vermelha, estrutura voltada à assistência temporária para estabilização de pacientes críticos/graves para posterior encaminhamento a outros pontos da rede de atenção à saúde.

 

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