Novidade no debate, botão roubou a cena, mas duelos acabaram acontecendo

A TV Band Amazonas inovou no formato usado hoje à noite no debate, que reuniu oito dos onze candidatos a prefeito de Manaus. Foi a primeira oportunidade em que eles se encontraram. Um botão, que era usado para definir o tempo de fala de cada um, atrapalhou um pouco a fluidez, mas os duelos acabaram ocorrendo, embora os principais problemas da cidade tivessem sido apenas pincelados. O nome do atual prefeito, Arthur Virgílio Neto (PSDB), por exemplo, não foi citado uma vez sequer.

Os candidatos que se dizem de direita, como o Capitão Alberto Neto (Republicanos) e o Coronel Menezes (Patriota) procuraram enquadrar o candidato do PT, José Ricardo, atacando os governos petistas. Este último se defendeu dizendo que sempre fez mandatos transparentes e lembrando que é o “homem da kombi”.

O candidato Ricardo Nicolau (PSD) procurou mostrar-se como um gestor e se esquivar da pecha de representar um grupo político que já passou pelo poder. No momento mais agudo do debate, tentou confrontar David Almeida (Avante), acusando-o de superfaturar contratos, quando foi governador interino. Este último disse que teve todas as contas aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado.

David, aliás, acabou não sendo o principal alvo, como se esperava. Teve tempo suficiente para destacar sua curta gestão à frente do Governo do Estado.

Com forte sotaque sulista, o candidato do Novo, Romero Reis, tentou se colocar como não político, alguém que seria um gestor para a cidade, mas não respondeu à pergunta do Coronel Menezes sobre em quem votaria em 2022, no atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ou no candidato de seu partido.

Alfredo Nascimento (PL) defendeu sua gestão na Prefeitura e no Ministério dos Transportes, nos momentos em que foi confrontado sobre a BR-319 e sobre seu passado.

Marcelo Amil (PC do B) tentou constranger os interlocutores com perguntas desconcertantes e usou a estratégia de dizer que existem duas Manaus, uma representada pela Ponta Negra e outra pelo Jorge Teixeira.

Foi só um “esquenta” para o que ainda está por fim. A Band anunciou que promoverá outro debate, em 12 de novembro, na data que normalmente seria usada pela Rede Globo, que este ano desistiu de promover entrevistas e debates. Todos os oito presentes confirmaram antecipadamente a presença.

Amazonino Mendes (Podemos) enviou carta dizendo que não compareceria porque não estaria garantido no debate a segurança dos candidatos em relação à Covid-19.

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