Um sauim e uma preguiça resgatados depois de cuidados por moradores

Uma equipe da Gerência de Fauna (Gfau) do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) resgatou nesta terça-feira (24/04), no bairro Tancredo Neves, zona leste de Manaus, um macaco de espécie sauim-de-coleira (Saguinus bicolor), animal ameaçado de extinção, e uma preguiça-bentinho (Bradypus tridactillus). Os animais apresentavam boas condições de saúde.

O primeiro resgate aconteceu na rua Iemanjá, onde o sauim-de-coleira  apareceu segunda-feira (23/04) no muro da residência da dona de casa Hebe Haydem. Ela contou que colocou o animal em uma casinha de cachorro e estava o alimentando há dois dias com biscoitos e água. “O coloquei na casinha do cachorro e dei água e biscoito para ele, e depois liguei para o Ipaam (telefone 2123-6771) solicitando resgate”, disse.
Já a preguiça foi resgatada de uma área verde, também no bairro Tancredo Neves. Um morador, que não quis revelar o nome, disse que o animal apareceu na residência dele e para evitar que ela fosse parar em outro local, manteve o animal dentro de casa e ligou para o Ipaam. “Pensei em deixar pra lá. Mas, ela podia ir para na casa de outra pessoa e ser maltratada. Então achei melhor ligar para o Ipaam”, disse.
Destinações – Após os resgates, os técnicos do Ipaam realizaram os procedimentos específicos de cada animal. O sauim-de-coleira foi levado ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), onde começou a receber os cuidados e providências necessárias para uma espécie em extinção. A preguiça foi devolvida à natureza de forma segura.
Pós-resgate ─ Segundo a coordenadora do Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama, Natália Lima, o processo pós-resgate do sauim-de-coleira inicia com uma avaliação do animal, que inclui a verificação do local de origem, condições de saúde e análise de comportamento, feito com auxílio do grupo de Planos de Ação Nacional para a Conservação das Espécies Ameaçadas de Extinção ou do Patrimônio Espeleológico (PAN).
De acordo com ela, dependendo da situação do macaco, é realizada a soltura após identificação do seu bando e, caso não seja possível a realização da soltura, o animal pode vim a ser encaminhado a algum empreendimento que faz parte do PAN, Centro de Pesquisa para conserva a espécie ou zoológicos envolvidos no programa em Manaus e, até mesmo, para outros Estados.

 

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