Tropeços de Temer

Seria natural que depois do abalo político que o país passou pós impiechment e diante da herança maldita herdada, que o presidente Michel Temer fosse agir duramente contra os desmandos e desvios éticos e morais de membros da sua equipe ministerial. Pois não é isso que estamos assistindo.

O episódio vergonhoso protagonizado pelo Ministro Gedel Vieira Lima chefe da Secretaria de Governo que ocupa uma sala contígua ao gabinete presidencial, merecia por parte do presidente da república mais que uma reprimenda, seria motivo de exemplar demissão na tentativa de estancar uma sangria moral e política em um governo com baixíssimo nível de credibilidade e popularidade.

Agora cá pra nós, a patuscada cometida pelo Comissão de Ética Pública da Presidência da República na tentativa de salvar do cadafalso o ministro enredado em um claro movimento de tráfico de influência e advocacia administrativa em favor de negócios privados seus e de membros de sua família, é um tapa na cara dos cidadãos de bem e dos movimentos pela ética na política que assistem horrorizados às manobras palacianas e no Congresso Nacional para minimizar os impactos negativos de mais um escândalo político desse governo ou para livrar um ministro pego em flagrante desrespeito aos rituais da decência política e cujo currículo e trajetória políticas são pouco recomendáveis para continuar ocupando uma função pública de relevo e que deveria ser exercida por gente de ilibada conduta ética e moral.

Um membro do Comitê de Ética Pública cuja designação partiu do próprio Ministro em questão e que pede vista do processo de análise do caso e depois volta atrás para somente dias após julgar-se impedido, são motivos mais que suficientes para chegarmos à conclusão de que esse comitê, o governo e a república continuam podres e precisando urgentemente de um tratamento de choque.

Vá-lha-nos quem?

Té logo!

PS 1. Esse artigo estava pronto desde a quinta feira passada e fiz questão de mantê-lo assim, mesmo após o pedido de demissão do ministro secretário de governo do Temer. Deixou uma ferida sangrando no governo pela demora na decisão pedir demissão ou de defenestrá-lo do cargo.

Sds Ronaldo Derzy Amazonas

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