Com objetivo de discutir a degradação dos igarapés e a falta de condições de saneamento adequadas para a população, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) vai realizar, nos dias 21 e 22 de agosto, o simpósio “Igarapés de Manaus e Saneamento: Cenários e Perspectivas”, com a participação de especialistas e agentes públicos. No encontro serão debatidas metas e alternativas para dois dos maiores problemas da capital amazonense.
O evento é aberto ao público e é uma iniciativa do Ministério Público junto ao TCE (MPC), com apoio da Escola de Contas Públicas (ECP), voltado para o dialogo interinstitucional entre os agentes, serviços e órgãos instituídos pelo Estado. Estudantes universitários poderão solicitar a emissão de certificado com oito horas complementares. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas por meio deste link. (http://ecp.tce.am.gov.br/ecp/?course=simposio-igarapes-de-manaus-e-saneamento-cenarios-e-perspectivas).
Para o coordenador-geral da Escola de Contas, conselheiro Josué Filho, a realização de um debate democrático sobre o déficit de saneamento básico e ambiental é uma importante medida para estimular o compromisso dos órgãos públicos com ações que estabeleçam mecanismos de cooperação para a solução dos problemas da área, afim que todos compartilhem propostas de avanço e soluções de curto, médio e longo prazo.
Segundo o procurador do Ministério Público de Contas (MPC), Ruy Marcelo, o objetivo do simpósio é estabelecer uma efervescência no conhecimento e extrair ao máximo as potencialidades da administração pública sobre a problemática envolvendo as águas e a qualidade de vida dos amazonenses. “Fizemos um levantamento e percebemos que não há uma articulação efetiva entre os órgãos e administrações no Amazonas. A degradação dos igarapés de Manaus é reconhecidamente um dos maiores problemas da capital e tem reflexo na saúde pública, uma vez que não há controle sobre as fossas e esgotos não tratados, inclusive de origem hospitalar e industrial. É necessário alavancar esse debate”, disse o procurador ao ressaltar o incentivo do conselheiro-presidente Ari Moutinho Júnior e da vice-presidente Yara Lins dos Santos para o evento.
No total, o seminário contará com dez palestras, cada uma com meia hora de duração e contará com exposições de especialistas, agentes públicos, acadêmicos e conhecedores da problemática. No fim de cada palestra será destinado um tempo para perguntas dos participantes.
Entre os palestrantes, estarão o presidente da Unidade Gestora de Projetos Especiais do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (UGPE/Prosamim), o professor Marcellus Campelo, e o secretário da Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp), professor-doutor Paulo Faria.
O simpósio contará também com a presença da professora-doutora da Universidade Estadual do Amazonas (UEA), Joecila Santos da Silva, que debaterá os impactos e usos na bacia hidrográfica do Tarumã-Açu, e o professor PhD e pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Sérgio Bringel, com a palestra “Igarapés de Manaus e Saneamento: Cenários de uma Cidade sem Saneamento Básico”.
O credenciamento será feito no auditório do TCE, às 7h, e o debate acontecerá nos dois dias.
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Este post tem um comentário
Muitos condomínios que foram construídos ao longo do Igarapé do Mindu não tem um sistema de tratamento das águas servidas, água de esgoto e tais condomínios causam uma grande poluição no Igarapé do Mindu, até hoje nenhum órgão de fiscalização e tão pouco Ministério Público tomou qualquer atitude exigindo que tais condomínios fizesse o tratamento antes de jogar a água no igarape do Mindu. simpósio não tem resultado, o que tem resultado é uma fiscalização séria com penalidade Grande pois temos como exemplo o fato de que um condomínio avançou no Igarapé do Mindu e para reparar o prejuízo ajudou a construir uma praça isto é uma grande brincadeira.