“Se não fechar a fronteira, tráfico vai continuar forte”, diz capitão

Em palestra ontem na Assembleia Legislativa, o coordenador técnico da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Amazonas (CSP/Aleam), capitão PM Amarildo Pereira da Silva deixou claro que é preciso que se fechem as fronteiras, pois assim, se estaria atacando não só os efeitos, mas, principalmente, as causas do tráfico de drogas.

“É notório o trabalho das polícias, mas, sem o fechamento da tríplice fronteira, com seus 11 mil quilômetros que envolvem Brasil, Peru e Colômbia, ficaremos à mercê dos grandes cartéis”, afirmou o palestrante, na Sessão de Estudos da Realidade Amazonense, do Fórum de Controle Social do Estado do Amazonas (Focus-AM) , realizada no auditório Beth Azize.

Aos membros do Fórum, o capitão Amarildo fez um retrato da realidade e elogiou o esforço das forças de segurança no combate ao tráfico. Ele defendeu também, além de um fortalecimento das ações das Forças Armadas, a construção de um pelotão da Polícia Militar na área de fronteira, especificamente para o combate ao narcotráfico. “Só a atuação das Forças Armadas, ainda mais com a diminuição de seus recursos, não é suficiente, é necessário mais efetivo policial na fronteira”, ressaltou.

Na cidade, o coordenador técnico da Comissão de Segurança defende que se amplie o policiamento fora do asfalto. “No bairro do Educandos, por exemplo, existem becos, vielas e pontes que interligam as palafitas. Tudo isso é um grande complicador para a polícia, por isso precisamos aumentar esse efetivo, fora do asfalto”, salientou. Amarildo Pereira comentou também os ataques feitos por bandidos nos rios do Amazonas. “Esses “piratas” roubam os passageiros e a carga dos recreios. A Polícia Militar tem que agir também para coibir a prática desses marginais”.

Diante da realidade, com o tráfico de drogas consumindo as famílias, o capitão Amarildo esclarece que como princípio para a solução desse problema é necessário um planejamento para a atuação das forças de segurança. “Temos que olhar as estatísticas. Verificar qual tecnologia deverá ser usada, horários e locais de maiores incidências dos crimes, além de planejarmos as ações em conjunto com outros órgãos, pois assim nos tornaremos mais eficientes no combate ao tráfico de drogas”, concluiu.

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