Rodoviários desobedecem a Justiça, param sistema e Prefeitura libera alternativos para ir ao Centro

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) havia acatado, na tarde deste domingo (25), o pedido feito pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) e determinado que os membros do Sindicato dos Rodoviários se abstivessem de realizar qualquer movimento paredista nesta segunda-feira (26), conforme anunciado por representantes da categoria. Não adiantou. O sistema amanheceu todo parado, hoje, o que obrigou a Prefeitura a liberar os alternativos para chegar ao Centro da cidade.
Na decisão, a desembargadora plantonista do Tribunal Regional do Trabalho da 11º Região, Solange Maria Santiago Morais, determinou que em caso de descumprimento, o Sindicato dos Rodoviários vai pagar R$ 100 mil por hora de paralisação. Além disso, os sindicalistas deverim manter distância de no mínimo 50 metros da entrada das garagens, sob pena de multa no valor de R$ 100 mil por hora. A magistrada determinou ainda o uso de forças policiais para cumprir a liminar.

“As empresas estão honrando todos os compromissos com seus colaboradores e por isso não veem motivos para mais uma greve, em que o principal prejudicado é a população usuária. Já tivemos várias reuniões para negociar com a categoria, nós fizemos uma proposta e eles ficaram de analisar. Estranhamos este novo anúncio de greve, já que estamos negociando. Ainda assim continuamos abertos ao diálogo. Nosso objetivo é manter 100% da frota operando, visando garantir o direito de ir e vir dos usuários”, destaca o presidente do Sinetram, Carmine Furletti.

Atualmente, os motoristas do transporte coletivo de Manaus recebem, somando também os benefícios, R$ 3.078,43, o segundo maior do Brasil, ficando atrás apenas de Porto Alegre. O reajuste de 10% foi concedido em abril deste ano.

Na última semana, membros do Sindicato dos Rodoviários realizaram cinco paralisações, prejudicando uma média de 100 mil pessoas. O transporte coletivo de Manaus opera com dez empresas, em 221 linhas, e transporta em média 800 mil pessoas por dia.

Contrariando determinação judicial emitida pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) no último domingo, 25/6, que suspendia qualquer movimento grevista da categoria, uma greve promovida pelos trabalhadores rodoviários paralisou na manhã desta segunda-feira, 26/6, 100% da frota de 1.381 ônibus do transporte coletivo da cidade.

Diante disso os microônibus do transporte alternativo (de cor amarela), que normalmente circulam apenas na zona Leste da cidade, estão liberados pela Prefeitura de Manaus para seguirem ao Centro.

O transporte alternativo cobra a mesma tarifa do urbano convencional R$ 3,80 e aceita os cartões do sistema passa fácil (cartão estudante, vale transporte e cidadão).

A Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU) orienta que a alteração no valor da tarifa ou a recusa em aceitar os cartões é ilegal e pode ser denunciada pelos usuários, nos números do SAC SMTU 3653 4289 e 3654 7152. O mesmo vale para o serviço de transporte Executivo que tem tarifa em vigor de R$ 4,20 e que também não pode ser alterada.

A Prefeitura de Manaus lembra que  para evitar prejuízos como este a população, sempre atuou como mediadora para o diálogo entre o sindicato dos Rodoviários e o patronal (Sinetram) e continuará agindo para que a ordem seja estabelecida no sistema.

 

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