Programação no Parque dos Bilhares celebra o “Dia do Orgulho LGBT”

Para “celebrar a liberdade e dar visibilidade às questões LGBT”, o Coletivo Difusão organizou uma programação que mistura cinema, performances, videomapping, música, pic-nic, campanhas e também quadrilha, comemorando festejo junino. O evento começa amanhã, a partir das 17h, no Anfiteatro do Parque dos Bilhares, entre a Av. Djalma Batista e Constantino Nery.

A ação é totalmente colaborativa e gratuita. As apresentações contam com participação do vloger Pepê do canal Vlogay onde apresentará também o lançamento da música #VemCáManinha. A sonoridade fica sob comando do Projeto Aram, Karla Seixas, Rebecca Grana. Além da discotecagem da DJ Alana Zuany, DJ Naty Veiga, DJ Thiago Costa e DJ Guilhermo.

A invasão policial ocorrida no bar Stonewall Inn em Nova Iorque (EUA) na noite do dia 28 de junho de 1969 foi o capítulo inicial dessa história. Tratados com violência, lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis que frequentavam o bar iniciaram uma ampla mobilização. Aos poucos várias cidades americanas eram tomadas por manifestações LGBT.

Outras atividades serão realizadas, como o Cineclube Tudo Muda Após o Play com exibição de curtas-metragens e do longa Stonewall, do diretor Roland Emmerich. Ainda haverá uma tenda para montação de Drag com direito a Free style de Drag Queen e Drag King e quadrilha junina, kanauã companhia de dança, performance de Fran Martins, Maria Moraes e Emerson Munduruku. Videomapping com Paulo Trindade e Felipe Fernandes.

O evento também propõe realizar um pic-nic colaborativo com a participação de todos e estimular uso de bicicleta, uma iniciativa puxada pelo movimento Massa Crítica Manaus. Uma diversidade de campanhas poderão ser visualizadas pelo público como Combate a violência e segurança, Prevenção Combinada, Saúde, Trabalho e Emprego, Educação e muita Cultura LGBT.

Dados

Em 2016, a Organização das Nações Unidas (ONU), levantou dados sobre 76 países do mundo onde ter um parceiro do mesmo sexo ainda é considerado crime. No Brasil, o casamento homoafetivo é estendido a todo o país desde maio de 2013, quando entrou em vigor a Resolução 175, de 14 de maio de 2013, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).  Apesar de já garantir esse direito, o Brasil ainda está entre os que mais matam por homofobia. O preconceito contra LGBTs mata a cada 25 horas no país. As agressões se configuram de maneira verbal e física, discriminação em razão da orientação sexual e identidade de gênero, violência psicológica, constrangimento, ameaça e morte. De maneira geral os agressores são colegas de sala, professores, parentes, vizinhos, equipe de trabalho e desconhecidos.

No Amazonas, três pessoas são assassinadas por mês vítimas de LGBTfobia, segundo dados de 2014 da Secretaria de Segurança do Estado. Há uma luta pela inserção da identidade de gênero no formulário dos boletins de ocorrência para gerar estatísticas mais atualizadas sobre os casos de violência.

O “Orgulho” é uma realização do Manifesta LGBT+, Miga sua Loka e Coletivo Difusão com apoio da SEMMAS Prefeitura de Manaus, Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania do Estado do Amazonas, Vlogay e movimentos LGBTs do Amazonas.

Qual Sua Opinião? Comente:

Deixe uma resposta