O PPS soltou nota hoje defendendo a decisão da Justiça Eleitoral, de cassar o governador José Melo e condenou os pronunciamentos dos aliados dele.

Veja a íntegra:

O partido popular socialista que ao longo de sua história cumpre o papel de ser a voz de seus membros, militantes da cidadania e defensores do estado democrático de direito, vem a público, lamentar as opiniões emitidas por políticos ligados à base aliada do governador José Melo de Oliveira a respeito da decisão de cassação  tomada pelo pleno do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas.

As oligarquias locais sempre disseminaram a cultura da privatização do poder público para se perpetuarem no poder, e José Melo a representou no pleito passado com excesso de provas que constatam o uso da maquina e compra de votos, demonstrou exercitar a lei da força. O PPS apoia a cassação e entende que a decisão do pleno estabelece a força da lei, dessa forma fortalecendo as lutas cidadãs em prol do Estado Democrático de Direito.

A histórica decisão na justiça eleitoral amazonense reafirma o fortalecimento e o respeito aos princípios constitucionais, trata-se da lei que é válida e que se faz cumprir para todos de modo igualitário. O TRE/AM produz a Justiça Eleitoral justa, que não garante privilégios nem mesmo aos poderosos, cassando pela primeira vez um governador eleito através de um esquema de desvio de recursos públicos para a compra de votos.

Segue assim, na mesma linha adotada pelo Tribunal Superior Eleitoral, que no voto da ministra Carmem Lúcia na AP470 declara que “o crime não vencerá a justiça, que decepção não pode vencer a vontade de acertar no espaço público, que não se confunde imunidade com impunidade, e que a Constituição não permite a impunidade a quem quer que seja”.

O partido entende que a cassação deve ser apoiada por toda a sociedade, pois não podemos conviver com a mancha da corrupção e o império da impunidade, motivo pelo qual rechaçamos qualquer tentativa de politizar e macular a isenta decisão de corte; o partido que foi às ruas contra a corrupção nas três esferas do poder executivo levantando a bandeira de que a INDIGNAÇÃO NÃO PODE SER SELETIVA, vem a público reiterar sua posição vanguardista de defensor da preservação da autonomia e harmonia entre os três poderes da república, fazendo votos de que a Justiça Eleitoral siga sempre pautada segundo as suas garantias constitucionais de agir com isonomia e imparcialidade.