Pela primeira vez articulações em torno da eleição estadual não estão concentradas em dois nomes

Nunca antes na história do Amazonas as aritulações em torno da eleição estadual estiveram tão abertas, com tantas possibilidades. Para se ter uma ideia, cinco nomes são cotados para disputar o Governo do Estado. Desde a redemocratização, em 1982, oposição e situação sempre se guiavam por um nome dominante – inicialmente foi Gilberto Mestrinho, depois Amazonino Mendes, sucedido por Eduardo Braga e Omar Aziz.

A cassação de José Melo (PROS) embaralhou o jogo. E mesmo quem apostou que a vitória de Amazonino (PDT) na eleição suplementar fosse colocar as coisas nos eixos, perdeu a aposta. O governador reluta em confirmar a candidatura à reeleição, muito embora pouquíssima gente se atreva a dizer que ele não disputará a eleição. Nesse vácuo criado pela indecisão dele se movimentam Omar Aziz (PSD), o deputado David Almeida (sem partido) – nome novo surgido após a saída de Melo -, a ex-deputada Rebecca Garcia (PP) e o ex-deputado Francisco Praciano (PT). E há ainda a possibilidader de surgir na disputa um nome chancelado pelo PSDB do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto.

Eduardo Braga (MDB), nome constante nas últimas eleições majoritárias, saiu da disputa pelo Governo e pretende tentar a reeleição para o Senado, assim como a senadora Vanessa Grazziotin (PC do B). Marcelo Ramos (PR), outro que disputou cargos majoritários, recuou para ser candidato a deputado federal. Seu correligionário Alfredo Nascimento quer subir um degrau, rumo ao Senado.

Todos eles hoje conversam entre si. Omar Aziz ensaiou um movimento para tentar “isolar” o governador Amazonino Mendes, mas esbarra na fortíssima máquina do Estado, que atrai para si os girassóis. E o veterano cacique sabe manejar as pedras e faz sutis movimentos para evitar esse isolamento.

Terminado o Carnaval, as articulações tendem a se intensificar e tudo pode acontecer.

 

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