“O PT tem que reconhecer alguns erros e fazer autocrítica”, diz deputado, em solenidade alusiva aos 37 anos do partido

“É hora do PT reconhecer alguns erros, fazer a sua autocrítica. É preciso fortalecer sua organização interna, estar intensamente nas ruas, nas comunidades, no meio da luta do povo. Não pode se afastar de sua base social”. A frase é do deputado José Ricardo Weddling, na solenidade alusiva aos 37 anos do partido, hoje, na Assembleia Legislativa do Estado.

No dia 10 de fevereiro, o PT completou 37 anos de existência. Fundado por metalúrgicos, professores, estudantes, religiosos, homens e mulheres, que idealizaram a criação de um partido como instrumento de luta pelos seus direitos e por uma sociedade mais justa e solidária para todos. Desde sua criação, a legenda vem contribuindo com a redemocratização do Brasil, assim como pela conquista de direitos trabalhistas e das minorias.

“Foi o PT que, ao chegar à Presidência da República em 2002, com a vitória do Lula, implantou os maiores programas sociais da história do Brasil. Foram mais de 36 milhões de pessoas que saíram da linha da miséria. Segundo a Organização das Na­ções Unidas (ONU), o Brasil saiu do Mapa da Fome, devido às ações de inclusão so­cial, de distribuição de renda e geração de empregos nos governos Lula e Dilma”, enfa­tiza José Ricardo, citando programas sociais exitosos, como o Minha Casa, Minha Vida, Bolsa Família e Luz para Todos. Para o Amazonas, ele destaca que o PT garantiu também a prorro­ga­ção da Zona Franca de Manaus por mais 50 anos, além de ter ampliado o número de va­gas nas universidades e de ter proporcionado um período de que­da da inflação, de crescimento da economia e do emprego formal.

José Ricardo ressalta ainda que o Partido é feito de pessoas que acreditam, que lutam, tem sonhos, acertam e também tem seus erros. “Hoje, o PT vive um momento de grande dificuldade. As forças contrárias ao povo, que nunca aceitaram os avanços que o PT trouxe ao povo brasileiro, implementaram um golpe na democracia, tirando o mandato da presidenta Dilma. O pior está em andamento, os golpistas que assumiram estão de forma acelerada tirando todas as conquistas e direitos dos tra­balhadores. Por isso, é hora do Partido reconhecer alguns erros, fazer a sua autocrítica. É preciso fortalecer sua organização interna, estar intensamente nas ruas, nas comunidades, no meio da luta do povo. Foi daí que surgiu o PT. Não pode se afastar de sua base social. Esse é o PT que defendo. Os seus ideais vão continuar a ser o sonho de todos e todas que querem justiça social e oportunidades”.

A luta vai continuar

            Odimar Guimarães, secretária geral do Partido e secretária de mulheres, destaca que após 37 anos são muitos os desafios do PT. Depois de ter ajudado milhões de famílias a saírem da grande miséria em que viviam, após o golpe, ela diz que ainda quer ver o Partido trazendo mais avanços na sociedade. “Temos que lutar pela memória e pela história deste Partido. Vale a pena trabalhar uma política macro, onde cada filiado e cada filada tenha participação nesse processo. Essa deve ser a nossa missão. E viva o Partido dos Trabalhadores”, comemora.

            Parabenizando primeiramente a militância petista que estava presente na Ses­são Especial, o ex-senador da República, João Pedro, comenta que em meio a esse embate político e ideológico, o Partido continua a fazer parte da história. Lembra que, desde a década de 70, esse partido vive e faz a diferença neste País. “Somos igual a madeira, que enverga, mas não quebra. Somos tão atacados e tão perseguidos, não por conta dos nosso erros, mas pelos nossos acertos, pelo que pensamos e defendemos. Somos um Partido que nasceu para atender os de baixo. E vamos continuar incomodando e unindo nossas forças. Viva o Partido dos Trabalhadores!”.

Para o secretário Estadual de Juventude do PT, Ruan Octávio, falar dos 37 ano do PT é falar da vontade do povo brasileiro, da vontade de lutar e de construir um novo Brasil. Ele afirma que ainda se vive um momento de golpe, porque a democracia ainda não foi reestabelecida. “Lembro que o primeiro programa do PT em rede nacional foi gravado dentro da casa do Lula, quando queriam incriminá-lo de ter uma mansão. Ele provou que não era verdade, já era especulação midiática. E ao longo desses anos tentaram dar a ele triplex, sítio. Mas digo que, em 2018, vamos dar de volta a ele o Palácio do Planalto. É lá que é lugar do trabalhar e de avançarmos nesse projeto de vem mudando a história desse País. E, se depender da juventude, vamos pra luta, sem perder a nossa essência”, ressaltou.

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