Por Ronaldo Derzy Amazonas*

Foi dada a largada para a eleição suplementar que cumprirá o restante do mandato do ex governador Zé Melo cassado pelo TSE depois de comprovadas as inúmeras falcatruas eleitorais comandaras por este.Como nada em política é matemática principalmente no Amazonas, os momentos que antecederam algumas convenções partidárias foram recheados de muita negociação e mexidas no tabuleiro do xadrez que apenas aos mais experientes é dado o poder de saber jogar o jogo corretamente pra deixar o adversário encurralado ou no mínimo atabalhoado sem muito espaço para manobras.

Já publiquei no Facebook algumas impressões que tenho a respeito de candidatos e candidaturas e, não vem mais ao caso repetí-las porém, há que se destacar que o que está por trás de todo esse processo eleitoral que se avizinha não é, nunca foi e nunca será o cumprimento desse mandato de pouco mais de um ano.

O sonho de consumo e o alvo preferencial da maioria dos candidatos em disputa e até de quem nem é candidato, é a eleição de 2018 para um mandato de quatro anos ou de oito no caso das duas vagas para o senado. Vejamos!

Arthur que sonhava em ter o filho como vice de qualquer candidato tendo em vista que este não sabe dar um passo político sem a ajuda do pai, sonha com uma vaga de senador e caiu no colo do Negão. Alfredo por sua vez ao negociar o nome de Marcelo Ramos como vice em uma das chapas concorrentes igualmente sonha em retornar ao Senado. Marcelo que lutou legitimamente para ser cabeça de chapa teve que recuar táticamente pois, caso vitorioso, ganha experiência e musculatura política para voos mais altos no futuro. Omar impedido legalmente de concorrer nesse pleito mexeu todos as pedras desse jogo para montar uma chapa com chances reais e teve que se contentar em jogar o Amazonino nessa fogueira montando uma chapa do pangaré velho mas experiente  com alguém que não agrega nada em termos de voto. Omar não tira o olho e o pensamento de 2018 pois quer retornar ao governo do estado juntamente com sua família como o fez nos últimos governos que comandou ou dirigiu dos subterrâneos do poder.

Silas, que se acha o dono de um rebanho(alguns de curral mesmo) ciscou pra cá e pra lá em busca de quem bancasse seu intento e, como o Omar não topou a parada em dispor da grana, aquele resolveu sair com uma chapa puro sangue.

Zé Ricardo que é um bom sujeito (gosto dele) sonha mesmo é em limpar  a barra do nome do seu partido e de certa forma fazer palanque pro seu líder maior disputar a presidência em 2018.

Marcelo Serafim por sua vez e como é muito jovem ainda planta o nome para futuras investidas em cenários federais. Tem um bom e sólido partido e militância.

Outros nomes pululam por aí em busca de fama e espaço porém sem a menor chance nesse quadro em que os caciques dão as cartas.

Por fim, temos um candidato que não brigou na justiça (poderia tê-lo feito pois a lei o amparava) para assumir o governo posto que foi o segundo colocado em 2014 e cuja eleição lhe foi usurpada por um fortíssimo esquema de corrupção eleitoral nunca antes visto na história das nossas eleições e desmontado no julgamento pelo TSE e agora faz uma aliança política imbatível e  promissora. Estou falando de Eduardo Braga que retorna ao cenário eleitoral mais fortalecido do que nunca para enfrentar novamente um embate  político e assim retornar ao governo porém igualmente de olho em 2018.

Parece, mas não será uma eleição das mais fáceis apesar do curto espaço para as campanhas. Aposto em um segundo turno por causa do número de candidaturas e da diluição dos votos e vislumbro desde já um cenário eleitoral cheio de manobras, denúncias, bate bocas e pernadas de parte a parte tendo em vista a evolução da Lava a Jato e algumas incoerências e passados eleitorais não muito recomendados por parte da maioria dos candidatos.

Por fim de minha parte marcharei ao lado do Senador e líder do meu partido o PMDB Eduardo Braga, pois encontro nele e na sua candidatura o perfil ideal e preparado para tirar o Amazonas da UTI.

Dia 27 de agosto data agendada para o segundo turno haveremos de saber finalmente quem o povo confiou para cuidar da saúde, da educação, da segurança, da infraestrutura e dos destinos do nosso Estado.

Té logo!

E.T. A exemplo do que se deu com a candidatura de Silas Câmara, outras sucumbirão no meio do caminho pois como diz o velho ditado “é no andar da carroça que as abóboras se ajeitam”.

*O autor é farmacêutico e empresário