O Festival da Canção de Itacoatiara custa R$ 1,5 milhão e atrai uma multidão ao município, que deixa ali pelo menos o triplo disso nos restaurantes, bares, mercados e ambulantes. É o melhor custo/benefício entre todas as festas populares do Estado. Pois este ano apenas os comerciantes locais decidiram patrociná-lo, mas injetaram apenas um quinto do valor normal ou um quarto do recurso necessário, já enxugado para R$ 1,1 milhão. O governo estadual já tinha anunciado em março que não investiria mais na cultura do interior. E o prefeito Mamoud Amed, que acaba de torrar mais de R$ 3 milhões em combustível, seguiu o mesmo caminho de seu chefe político. Resultado: o Amazonas não terá, este ano, seu mais badalado Festival de Música Popular.

Mamoud é um dos últimos coronéis de barranco da política amazonense. Tem postura e estilo dos velhos políticos. Zero de sensibilidade para a cultura popular. No caso do Fecani, está aproveitando a oportunidade para se vingar dos dirigentes da Associação dos Itacoatiarenses Residentes em Manaus, que promovem o Festival e nunca se alinharam politicamente a ele. Nem a viabilidade financeira do evento e a possibilidade de tirar do sufoco os comerciantes locais o sensibilizaram.

Veja a nota publicada no site do Fecani: