Melo agora condiciona solução para policiais à entrada do repasse da repatriação de depósitos estrangeiros

Durante a solenidade de posse do novo comando da Polícia Militar, o governador José Melo fez um discurso cheio de pegadinhas, tentando reverter o sentimento de revolta na própria corporação e ao mesmo tempo evitar a greve da Polícia Civil, marcada para o dia 25. Desta vez, ele estabeleceu abril como data em que solucionará todas as pendências, mas deixou claro que só o fará mediante a entrada do repasse que o Governo Federal promete fazer ao Estado, de parte dos recursos conseguidos com a repatriação de recursos depositados por brasileiros em contas no exterior.

O discurso foi cheio de condicionantes. “Vou reafirmar meu compromisso para, em abril, quando sairmos da Lei de Responsabilidade Fiscal e recebermos o dinheiro da repatriação, a gente fazer as promoções que a corporação tanto precisa. Evidentemente, retroagindo à data correta”, disse o governador.

Segundo ele, o Estado vai receber R$ 180 milhões a título de repasse do percentual a que o Amazonas tem direito da repatriação. Com esse dinheiro, ele promete efetivar as promoções dos policiais militares, “retrocedendo à data correta”, pagar retroativamente o escalonamento da Policia Civil, dos servidores da Universidade do Estado e da Procuradoria Geral do Estado.

Ainda tentando amenizar o péssimo clima entre os policiais, Melo disse que a primeira-dama do Estado e presidente do Fundo De Promoção Social, Edilene Gomes de Oliveira, vai anunciar projetos sociais voltados para a família dos policiais militares.
A sue lado no palanque  estava o presidente da Assembleia Legislativa, Josué Neto, que afirmou, em reunião com policiais civis durante a campanha eleitoral do ano passado, que o Estado já tinha o dinheiro necessário para pagar o escalonamento. A “previsão” não se confirmou e ficou a imagem de que o grupo tentou enganar os policiais para tentar garantir a eleição de seu candidato a prefeito de Manaus,
Para construir um novo quartel para a Ronda Cândido Mariano (Rocam) e a Força Tática, obras que anunciou, Melo não colocou condicionantes. E disse que vai mudar a forma de compra do fardamento para que o próprio policial receba o recurso na data de seu aniversário e compre seu uniforme.
As entidades já começaram a reagir aos anúncios do governador. Os praças lembram que há outras reivindicações, como o cumprimento da data-base, não tratadas pelo governador. Já o presidente do Sindicato dos Delegados da Polícia Civil reagiu com um áudio postado em aplicativos.
Agora ouça o áudio do delegado Rafael Costa e Silva:

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