Maternidade

Por Ronaldo Amazonas*

Como fazemos todas as quartas feiras à tarde eu e Elaine fomos, como agentes da Pastoral da Saúde de Nazaré visitar, no Instituto Dona Lindu, as pacientes, acompanhantes, mulheres, mães e seus recém nascidos, cumprindo  nossa missão de cristãos naquilo que denominamos de Dimensão Solidária, qual seja, levar o carinho, a palavra de conforto e de fé no ambiente hospitalar que para muitos, na maioria das vezes, tem a aura negativa da dor e do sofrimento muitas vezes do abandono.

Sim, encontramos queixas de dor mas a dor que se deixa curar pelo gáudio da mais bela e significativa missão que é a de dar à luz um filho.

Sim, encontramos lamento pela perda de um filho mas, o lamento vencido pela fortaleza de crer que a vontade de Deus prevaleceu e que outra oportunidade virá também pelas mãos do Criador que como Pai no momento oportuno, haverá de dar o filho desejado àquela mãe.

Sim, encontramos fé nas atitudes e nas palavras humildes e sinceras de mães agradecidas a Deus pelo dom da maternidade. Mães lendo a Bíblia, mães com o Terço nas mãos, mães que enquanto uma das mãos segurava os celulares ligados em aplicativos, mensagens e programas religiosos, a outra protegia o bebê para o sublime momento da amamentação. Que lindo!

Sim, encontramos confiança e esperança em mães que ainda aguardavam entrar para a sala de parto ou para uma cirurgia ou estavam em tratamento para não perder o seu bebê cuja gestação complicara.

Sim, encontramos solidariedade em mães encorajando e fortalecendo outras num gesto de afeto e cuidado que só as mães nessas horas arranjam forças para fazê-lo como o fez sublimemente Nossa Senhora com sua prima Isabel, grávida de João Batista. Solidariedade também dos acompanhantes(muitos dos quais maridos)e cuidadores uns dormindo em cadeiras, colchonetes e até no chão ou na própria cama da paciente, dividindo amor, cuidado e carinho que nessas horas são mais que necessárias.

Sim, encontramos alegria e sorrisos estampados nos rostinhos felizes e nos olhinhos brilhantes das mães que  amamentam seus recém nascidos e aguardam o momento de ir para casa continuar a missão de cuidar, educar e encaminhar na vida aquela criatura, dádiva de Deus, assumindo ainda a rotina de serem donas de casa, trabalhadoras e cidadãs 24 horas por dia.

Sim, saímos fortalecidos na fé e encorajados na missão pastoral  e, mais que tudo, agradecidos a Deus e Nossa Senhora, Mãe das mães, por cumprirmos a missão a nós ensinada e entregue. Deus seja louvado por tudo isso. Amém!

Té logo!

*O autor é farmacêutico e empresário

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