Lula condenado. E agora?

Por Hiel Levy*

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve a sua condenação confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, com pena aumentada para 12 anos e um mês. Muito embora o Partido dos Trabalhadores insista em dizer que manterá sua candidatura à Presidência da República, é muito pouco provável que ela prospere.

Temos, portanto, um vácuo na disputa eleitoral mais importante para todos nós, brasileiros, em 2018. Os votos que seriam atribuídos ao maior líder político que a esquerda produziu no Brasil em todos os tempos não devem se deslocar para uma única candidatura, nova ou já colocada.

Teremos na corrida um candidato de extrema direita, Jair Bolsonaro; um candidato de centro, que sairá das prévias do PSDB (Geraldo Alckmin ou Arthur Virgílio Neto; um candidato de centro-esquerda, Ciro Gomes; uma candidata de esquerda moderada, Marina Silva e um monte de candidatos menores, incluindo um moribundo Fernando Collor.

O PT vai tentar manter o nome de Lula em evidência o máximo de tempo possível, até por uma questão de sobrevivência. Não existe um outro nome no partido que possa se apresentar com herdeiro político dele e de seu (ainda) imenso eleitorado. Se o ex-presidente for mesmo para cadeia, como tudo leva a crer, e não puder subir nos palanques da campanha eleitoral, a tendência é que seu partido murche ainda mais e recue várias casas no tabuleiro da política nacional.

A esquerda vai precisar saber se reconstruir neste momento. Sem Lula, ela de fato não tem um nome que aglutine, que empolgue, que agite as massas.

O campo está fértil para o surgimento de um novo fenômeno eleitoral, um salvador da Pátria, um nome surpresa.

Não vejo neste momento um presidente eleito, um favorito. E minha tendência é acreditar que não será nenhum daqueles citados neste artigo.

O Brasil procura seu novo rumo!

*O autor é editor do blog