Depois de fazer um discurso no último dia 21, denunciando o caos nas finanças do Estado, o deputado Sidney Leite (PROS) afirmou, em debate com internautas no seu perfil do Facebook, que “ficar gerando expectativa de pagar data base dos servidores de todas as secretária, promoções, enquadramento e etc é MENTIRA”, deixando claro que seu candidato, o ex-governador Amazonino Mendes, não pode se comprometer com nenhuma pauta de policiais ou qualquer outro setor do funcionalismo.

“Hoje externei no plenário da assembleia legislativa a minha preocupação em relação a situação financeira do Governo do Estado. De acordo com o cenário econômico, números inclusive divulgados na mídia, o Estado não terá condições de honrar com vários compromissos previstos em lei, como o enquadramento e a data base dos professores, a promoção dos policiais militares, reajuste dos servidores da UEA e até o pagamento completo do 13º salário dos funcionários públicos estaduais. A situação é grave e merece atenção”, disse ele na postagem que fez após o discurso.

Questionado pelo policial militar Luiz Rocha, que questionou os gastos exorbitantes da Assembleia Legislativa, Leite enfatizou que “o estado não tem recursos para pagar qualquer direito adquirido pelos trabalhadores estaduais”. E acrescentou: “Se continuarem agindo politicamente com as fianças do Estado corremos o risco de virar Rio de Janeiro, ou seja, salários atrasados”.

O discurso de Sidney, que foi um dos principais apoiadores do governador cassado, seu correligionário José Melo, pretendeu “cutucar” o governador interino, David Almeida (PSD), de quem se afastou desde que os dois disputaram a indicação do grupo governista para concorrer à Presidência da Assembleia Legislativa. Acabou colocando em saia justa seu candidato a governador, Amazonino Mendes. Os dois formaram a chapa que perdeu a eleição de 2006 para Eduardo Braga, o mesmo adversário de agora.

Atualmente Leite é um dos coordenadores da campanha de Amazonino no interior do Estado.