Por Lourenço Borghi Junior*

Lá se vão 7 anos de sua despedida, depois de mais de 50 anos se dedicando ao Amazonas, o eterno Boto Navegador cumpriu seu papel e a sua memória se misturou aos encantos das lendas amazônicas.

Hoje não queremos abordar as obras de cimento e ferro, queremos lembrar do caráter de um político que conseguiu ser, ao mesmo tempo, amado e temido em um tempo que a honra era medida pela palavra dada e cumprida.

Sua lembrança está no modo de tratar as pessoas, sem humilhar e sem criar um ambiente de caça às bruxas sobre aqueles que não concordavam com sua forma de liderar. Pelo contrário, procurava somar esforços com os contrários ou então orientava e ensinava os novos caminhos com a sua experiência e sabedoria. 

Essa fórmula difícil de ser aplicada serve de parâmetro para um esforço monstruoso que é necessário, hoje, para que um político tenha o mesmo grau de aprovação de que Mestrinho desfrutou durante boa parte dos seus 50 anos de carreira.

Gilberto Mestrinho era o exemplo perfeito de líder que governou com punho firme, as vezes exagerado, coração amoroso e espírito publico elevado. Soube representar as oportunidades que o povo lhe conferiu nas urnas e compreendeu sem qualquer rancor quando o mesmo povo lhe disse que era melhor outras alternativas.

Dessa forma de liderar, podemos crer que seu maior legado foi acreditar nas novas gerações, por compreender que não era eterno e pensar como um catedrático em que os jovens são a continuidade dos nossos trabalhos de hoje. Posicionamento de um estadista.

#quemviveuconheceunãoesquecerá
#obrigadogilberto

*O autor é neto de Gilberto Mestrinho