Folcloristas querem que Secretaria de Cultura pague débito

O ano de 2017 está terminando e a Secretaria de Estado de Cultura-SEC  ainda não terminou de pagar os grupos folclóricos que participaram do 60º Festival Folclórico realizado no período de 16 a 23 deste ano, no Centro Cultural dos Povos da Amazônia, na antiga Bola da Suframa, embora o referido órgão público já tenha repassado às cirandas de Manacapuru o montante de 900 mil reais, cujo evento se encerrou há duas semanas .

O que mais revolta os representantes das danças de Manaus é que esse dinheiro não sai dos cofres do Estado do Amazonas, mas, sim, da Empresa Coca-Cola, que patrocinou o festival, liberando a importância de 800 mil reais em atendimento à solicitação do ex-secretário Robério Braga, que intermediou a parceria e graças a ela o evento se realizou.

Para o presidente da Associação dos Grupos Folclóricos de Manaus-AGFM, jornalista Milton Ferreira, “ o problema se complicou ainda mais quando o secretário Denilson Nôvo encaminhou para a Procuradoria Geral do Estado-PGE um pedido de parecer para efetuar ou não o pagamento”. Com isso – prossegue o jornalista – todos ficam à mercê desse parecer, que pode ser a favor ou contra, o que é inadmissível, pois os recursos financeiros alocados para esse fim, não são dos cofres públicos, e sim da Coca-Cola, patrocinadora do evento.

Miltão, como é conhecido juntos aos folcloristas manauaras, disse ainda que os fornecedores fazem cobranças diariamente na porta dos representantes dos grupos, gerando constrangimento entre os devedores que à duras penas conseguiram realizar o 60º Festival Folclórico do Amazonas. “Acho que o governador Amazonino Mendes desconhece essa situação. Nós estamos de pires na mão e ninguém toma uma providência. Faço apelo no sentido de que

o chefe do executivo amazonense puxe a orelha do seu secretário Denilson Nôvo e mande pagar os folcloristas antes de encerrar o ano de 2017. Em 2018 a dívida fica como exercício anterior, tornando difícil de ser sanada”.

Indignado, Miltão desabafou: “Não quero que o doutor Amazonino Mendes faça da forma como procedeu o ex-prefeito Luis Alberto Carijó, que  deu um ‘pino’ nos folcloristas e nunca mais se elegeu para nada”.

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