“Figueiredo parou por 12 anos. Estamos reconstruindo tudo”, diz Romeiro Mendonça

Em conversa com o blog no último sábado, quando promoveu um encontro com comunicadores no município, o prefeito de Presidente Figueiredo, Romeiro Mendonça (PDT), disse que precisou reconstruir muita coisa, principalmente o setor de turismo, desde que reassumiu a Prefeitura, há um ano. “Tudo regrediu nos últimos doze anos. Estávamos nos encaminhando para nos transformar em uma cidade fantasma”, disse ele.

O que ele diz faz sentido. É possível ver na cidade pousadas tradicionais fechadas e abandonadas. Alguns restaurantes também fecharam. “Perdemos os turistas para Iranduba, Rio Preto e Novo Airão, porque as administrações anteriores não souberam reagir ao advento da ponte sobre o rio Negro e abandonaram o turismo”, diz o prefeito.

Romeiro está no terceiro mandato. Começou em 93, retornou no ano 2000 e desde 2004 estava fora da Prefeitura. Neste período, a cidade foi governada por Fernando Vieira (PR) e Neilson Cavalcante (PSB). “Eles trocaram o investimento em infraestrutura, em turismo e em educação pelo assistencialismo. O resultado foi uma degradação que estamos tentando revertes a duras penas”, explica.

“Deixei o município com doze mil alunos matriculados no ensino fundamental e recebo com metade disso. E o pior: as escolas padrão do município foram devolvidas ao Estado. Ou seja, o Governo do Amazonas assumiu uma tarefa que não é a dele, de cuidar das séries iniciais. Sem contar que a construção do Centro de Educação Integral foi abandonada. Já avançamos nestes primeiros doze meses para nove mil alunos matriculados e vamos crescer mais em 2018”, aposta Romeiro.

Desde o início do ano, o prefeito tratou de realizar diversos eventos no município, que atraíram até aqui nada menos que 500 mil pessoas. “Revitalizamos o turismo. Nossa rede hoteleira e de restaurantes voltou a faturar”, informa. Presidente Figueiredo é o único município que investe no turismo evangélico. Neste ano até o pastor/deputado Marcos Feliciano (PSC) esteve na cidade ministrando um culto ao ar livre para uma multidão local e vinda de outros municípios, com apoio da Prefeitura.

A infraestrutura vem sendo recuperada com investimentos pesados em camadas asfálticas. “Na minha administração anterior eu fui buscar uma usina de asfalto que estava parada em Manaus e nós recuperamos toda a malha viária. Meus sucessores abandonaram este trabalho e hoje estamos precisamos refazer alguns serviços mal feitos que eles realizaram, como a utilização de um asfalto de péssima qualidade, que está estourando em vários locais”, afirma.

CASSAÇÃO

O prefeito se diz tranquilo com o desdobramento do processo que culminou com a cassação de seu mandato e do vice, Mário Abrahão, ambos do PDT, no último dia 14, por decisão do juiz Odílio da Costa Neto, da 31ª Zona Eleitoral.

“Nossos adversários não têm como combater a nossa administração,  porque não trabalharam e usam de meios escusos para tentar nos prejudicar. Temos certeza de que o Tribunal Regional Eleitoral não confirmará esta decisão”, afirmou.

Ele teve problemas com a prestação de contas de 2012, quando perdeu a eleição para Cavalcante. Esta é a alegação para a cassação dos mandatos.

 

 

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