Enquanto Braga critica Temer, deputado estadual do PMDB sai em defesa do presidente

Em Brasília, o senador Eduardo Braga, presidente do PMDB no Amazonas, está alinhado ao grupo liderado pelo colega Renan Calheiros, que se opõe ao presidente Michel Temer, prega sua renúncia e vota contra as reformas sugeridas por ele. Já o deputado estadual Vicente Lopes vai na direção contrária, defendendo o mandatário até da alcunha de “golpista”. Além disso, o parlamentar está alinhado ao grupo que dá sustentação ao governador interino, David Almeida (PSD).

Ao discursar sobre o protesto contra Michel Temer e as reformas propostas por ele, na quarta-feira 24,  em Brasília, o deputado Vicente Lopes (PMDB) criticou duramente a ação de “vagabundos” que  depredaram patrimônio público, incendiaram prédios e colocaram em risco a vida das pessoas. Segundo ele, quem cometeu esses atos de vandalismo não eram trabalhadores.  O protesto, na Esplanada dos Ministérios, resultou em prisões,  pessoas feridas e a convocação do Exército pelo presidente da República, ação elogiada pelo deputado.

Para o deputado, líder do PMDB na Assembleia Legislativa do Amazonas, Michel Temer teve de tomar essa atitude para garantir o direito de quem sai para trabalhar  e precisa de segurança para voltar para casa. Ele insistiu em dizer que não são trabalhadores aqueles responsáveis por incêndio e depredação do patrimônio público, mas “vagabundos” que saem de casa para criar o caos. Na sua opinião, manifestações, protestos ou reivindicações, são direitos de todo cidadão, bem ao contrário de vandalismo e incêndio de prédios, que põem em risco a segurança e a  vida de  outras pessoas.

Ainda durante o discurso Vicente Lopes referiu-se ao discurso do colega  José Ricardo (PT), que acabara de chamar o governo de Michel Temer de golpista.  “O que, de fato, é golpe? É trazer uma proposta para a população, mentir para o povo em troca de uma eleição? É deixar 14 milhões de desempregados? Ter a sua campanha vitoriosa financiada com dinheiro de corrupção? Ter todos os seus aliados, dentre os quais os companheiros do PMDB, envolvidos na Lava Jato?”, questionou.  Garantiu não passar a mão “na cabeça de ninguém” que cometa erros, mesmo se for do seu partido, e criticou duramente os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

Para o deputado, tudo o que está acontecendo hoje no Brasil é resultado dos governos do PT e fez uma reverência ao ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que aceitou o pedido de impeachment de Dilma Rousseff e, assim, “salvou o Brasil”. “ O Eduardo Cunha cometeu os seus crimes, todos nós sabemos disso. Mas o Eduardo Cunha merece ser reconhecido como o homem que salvou o Brasil de ser transformado numa Venezuela. Porque era esse o caminho que o PT ia nos levar”, afirmou.

 

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