Empresários topam transferir o Aeroclube para Iranduba ou Manacapuru

Empresários do setor de táxi aéreo que atuam no aeroclube de Manaus disseram que são favoráveis à transferência do aeroclube para os municípios de Iranduba ou Manacapuru. A transferência deve acontecer até o final de 2018, quando termina o contrato de locação do terreno onde funciona o aeroclube, que pertence ao Governo Federal.

A decisão de transferir o aeroclube, bem como a escolha de uma área para receber o empreendimento, foi discutida na terça-feira (11) à tarde, durante reunião dos empresários de taxi aéreo e o presidente da comissão de Transporte da Aleam, deputado Wanderley Dallas, e o deputado Luiz Castro.

A reunião aconteceu no aeroclube e contou com a presença dos proprietários das empresas Rico Taxi Aéreo, CTA, Parintins, JVC, Cleiton e Amazonas Aero Taxi.

Os empresários disseram que pagam um aluguel caro pelo terreno do aeroclube e que existe o interesse em mudar para outro local. Foi sugerida a transferência para um terreno localizado próximo à obra da cidade universitária da UEA, na margem da rodovia AM-010, que liga Manaus a Iranduba.

“A ideia parecia boa, mas foi descartada porque a circulação de aviões causa muitos ruídos, que vão atrapalhar as aulas da universidade”, explicou o deputado Dallas.

Também foi sugerido que o aeroclube fosse transferido para o aeroporto Eduardinho, mas devido a grande movimentação de aeronaves, a ideia foi descartada.

Para resolver o impasse, os deputados Wanderley Dallas e Luiz Castro sugeriram um encontro com a secretaria estadual de Política Latifundiária. A intenção é solicitar um mapeamento das áreas na Região Metropolitana, pertencentes à Suframa e ao Governo do Estado, onde possa ser construído o aeroclube.

Os riscos do funcionamento do aeroclube na área urbana de Manaus, bem como sugestões para transferência do empreendimento, serão discutidos novamente na Assembleia Legislativa do Amazonas.

Uma audiência pública marcada para segunda-feira, dia 17, no auditório da Aleam, vai reunir representantes do Governo do Estado, 7º Comando Aéreo da Aeronáutica, Agência Nacional de Aviação (Anac), Implurb e moradores dos bairros próximos ao aeroclube. A intenção é discutir a transferência do aeroclube e estabelecer prazos para realização do projeto. 

TRANSPORTE FLUVIAL

A falta de um porto público dirigido pelo Estado, assim como o grande número de assaltos às embarcações que circulam pela Região Amazônica, foram alguns dos temas discutidos em outra audiência pública na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).

A reunião foi coordenada pela comissão de Transporte e Trânsito da Aleam, que defende a criação da Secretaria Estadual de Transporte, ou uma autarquia ligada ao Governo do Estado para tratar de assuntos ligados ao Transporte.

A audiência pública contou com a presença de representantes de setores ligados aos transportes fluvial e rodoviário, que fizeram um balanço dos problemas enfrentados no transporte de cargas e passageiros.

A reunião contou também com a participação dos deputados Sidney Leite e Adjuto Afonso, ambos integrantes da comissão de Transporte. Os parlamentares também defendem a criação de um órgão estadual que administre e coordene o segmento de transporte em todo Estado.

O deputado Wanderley Dallas disse que, no ano passado, realizou várias audiências públicas com entidades que atuam neste segmento. Diante das demandas apresentadas nesses encontros, Dallas afirmou que foi constatada a necessidade de criar uma secretaria para solucionar problemas como a falta de estrutura nos aeródromos e portos do interior, assim como a insegurança no transporte fluvial em todo Amazonas.

“Já existiu uma secretaria no Estado e hoje não mais, portanto, precisamos fazer uma indicação ao governo para que resolva esse problema”, mencionou Dallas.

O deputado Adjuto Afonso reforçou que já existe um projeto sobre essa temática em andamento, mas precisa ser encaminhado para Assembleia Legislativa a fim de que seja discutido, avaliado e votado. “É preciso criar uma regulamentação na área de transportes. Quando isso acontecer, vai favorecer  muito o setor”, avaliou.

Linhas regulares

O Comandante da Capitania dos Portos, capitão Almir Ribeiro Guimarães Junior reconhece que existe excesso de passageiros e frisou que é preciso definir linhas regulamentadas entre os municípios. “Temos o maior rio do mundo e nossas estradas são os rios, portanto é inadmissível que aqui náop exista regulamentação”, defendeu.

Segundo o capitão, se um dono de barco coloca uma placa lá na Manaus Moderna que vai fazer linha para determinado município, ninguém vai lá contestar, questionar se ele está autorizado para fazer esse serviço.

Representantes do Sindicato dos Aquaviários reclamaram dos assaltos que acontecem nas balsas. Segundo eles, a Capitania dos Portos cuida da regularidade dos barcos, mas a polícia não acompanha as balsas em pontos estratégicos, gerando inúmeros prejuízos aos transportadores.

Também participaram do encontro os representantes da Superintendência de Transportes Urbanos de Manaus (SMTU), Departamento Estadual de Trânsito (Detran-AM), Sindicato das Empresas de Transporte de Manaus (Sinetran), entre outros órgãos.

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