Deficiente auditivo, professor vai lançar minidicionário indígena Sateré Mawé em libras

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Pós-Graduado em Letras e Artes, o professor Marlon Jorge realizará, às 18h da próxima sexta-feira, dia 29, o lançamento do Minidicionário Indígena Sateré Mawé em Libras e Língua Portuguesa, no auditório anexo da Escola Normal Superior. 

Em maio de 2015, Marlon, que também é surdo, defendeu um dos trabalhos mais relevantes para a comunidade surda amazonense: a proposta de criação do minidicionário, após dois anos de pesquisa. Inicialmente a proposta visa atingir os indígenas da etnia Sateré Mawé que estão localizados no município de Parintins e adjacências.

O estudo foi realizado na microrregião de Parintins, que tem sede localizada a 369 quilômetros, em linha reta, de Manaus, englobando sete municípios onde Parintins é o polo. A escolha inicial pela região se deu na necessidade de estudar primeiramente os hábitos e as formas de comunicação dos indígenas surdos Sateré Mawé.

A pesquisa envolve a discussão sobre os sinais criados pela comunidade surda indígena. “Nas comunidades, eles já criaram, entre eles, alguns sinais, por exemplo, para dormir, casa, rede e etc, afirmou Marlon. O autor do estudo prevê a elaboração de mais pesquisas sobre indígenas na comunidade surda. “Precisamos de novos pesquisadores, aceitar a área de pesquisa para estimular a comunidade a aprender a língua de sinais. Quando cheguei a uma escola na cidade de Barreirinha (em linha reta, a 330 quilômetros de Manaus e a 41 quilômetros de Parintins), por exemplo, falei que precisava do material para trabalhar com um aluno indígena que estava isolado. Vi que ele ficava isolado, na sala, fazendo desenhos enquanto poderia estar aprendendo”, disse.

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