Conheça a prancha de stand-up feita de garrafas PET, ideia de alunos da rede estadual de ensino

stand up de pet

A garrafa de PET (Polietileno Tereftalato) que antes era descartada no lixo se tornou artigo de luxo nas mãos dos cientistas juniores do Programa Estratégico de Indução à Formação de Recursos Humanos em Engenharias no Amazonas (Pró-Engenharias) e do Programa Estratégico de Indução à Formação de Recursos Humanos em Tecnologia da Informação (RH-TI). Eles desenvolveram pranchas de Stand Up Paddle (SUP) – apropriadas para a prática do esporte, a partir das garrafas do tipo PET encontradas nas ruas.

Os programas, que são desenvolvidos na Escola Estadual Senador Petrônio Portella, zona centro-oeste de Manaus, tem sessenta alunos de várias escolas da rede pública de ensino, divididos entre os programas RH-TI e Pró-Engenharias, com objetivo de incentivar os estudantes desde o ensino médio a seguir nas carreiras nas áreas de Tecnologia da Informação e Engenharias.

Os adeptos do esporte, que se tornou febre na capital amazonense, podem contar com uma prancha de SUP sustentável, produzida a partir de garrafas PET, canos e CDs.

No total, mil garrafas do tipo PET foram retiradas das ruas, lixeiras de mercados e comércios de Manaus e seis pranchas ecológicas foram desenvolvidas pelos alunos.

O experimento foi testado na sexta-feira (20), na Praia da Ponta Negra, zona oeste de Manaus. O estudante Julius de Araújo, 17, que participa do Pró-Engenharias, informou que para o recolhimento das garrafas PET os estudantes se organizaram em vários grupos. Com as garrafas já em mãos, segundo ele, foi necessário fazer a limpeza de cada uma.

“Queríamos um projeto que carregasse essa bandeira sustentável mais que, ao mesmo tempo, fosse algo regional, que trouxesse lazer para a população amazonense. Apesar de ter sido uma tarefa árdua, o resultado foi muito satisfatório”, disse o estudante.

O professor de Química e idealizador do projeto, Obenesio Aguiar, disse que o projeto de pesquisa trabalha a interdisciplinaridade integrando as disciplinas de Química, Física, Matemática, com preocupações referentes ao meio ambiente.

“Nós vimos uma problemática da cidade de Manaus, que é cortada por igarapés, cercadas por rios e lagos. O descarte irregular das garrafas PET é um problema. Os alunos, dentro do programa, visam resolver problemas de todas as áreas seja ambiental, social ou tecnológica. A solução deles foi essa, do lixo virar luxo e esporte”, disse o professor.

A coordenadora do Pró-Engenharias, Cristiane Cavalcante, disse que as áreas das Engenharias visam construir, pensar, planejar em cima de determinada situação e realizar uma ação.

“O projeto da prancha ecológica é um projeto interdisciplinar que se desenvolveu a partir de uma situação problema. Eles tiveram que pensar em estratégias não muito convencionais. O fato de pensar e resolver uma situação tem tudo a ver com a área das engenharias. O apoio da Fapeam é imprescindível para podermos desenvolver o programa”, disse.

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Este post tem um comentário

  1. Wadson Benfica

    Parabéns pela citação da matéria relacionada ao projeto. Esses alunos fazem parte de uma iniciativa que visa preparar para que os mesmos entrem em Universidades Públicas nas áreas de Engenharias. É uma prova de que nossos alunos (de todo o Amazonas) só precisam do investimento certo para mostrarem o seu potencial.

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