Faltando dois dias para a abertura oficial da Olimpíada Rio 2016, a ponte Rio Negro, um dos principais cartões postais de Manaus, está completamente às escuras. A falta de iluminação pública atinge toda a extensão da ponte, que também era usada à noite para caminhadas e práticas esportivas.
O descaso com a ponte foi criticado nesta quarta-feira (03) pelo deputado estadual Wanderley Dallas, que cobrou do Governo do Estado uma solução para o problema.
Segundo o parlamentar, Manaus deve receber mais de 150 mil turistas por causa dos jogos de futebol da Olimpíada, no entanto, um dos cartões postais da capital está às escuras.
“A ponte Rio Negro está abandonada! O problema vai desde a falta de iluminação, passando pelo lixo jogado nas cabeceiras da ponte, até o aumento dos casos de roubos e assaltos”, denunciou Dallas.
O deputado comparou Manaus a outras cidades turísticas onde acontecerão jogos da Olimpíada. “Em outras cidades como Rio de Janeiro e Brasília, existe a preocupação de receber bem o turista e mostrar as belezas do lugar”, disse Dallas. “Em Manaus, o Governo do Estado não mostra qualquer iniciativa em conquistar os turistas”, criticou.
Inaugurada há cinco anos, a ponte Rio Negro custou aos cofres públicos aproximadamente R$ 1 bilhão. Só o projeto de iluminação custou cerca de R$ 17 milhões. “Era um projeto sofisticado, que dava à ponte uma beleza única que refletia nas águas do rio Negro”, lembra Dallas.
“A iluminação tinha 12 diferentes cenários, com iluminação para cada data comemorativa. Agora está tudo abandonado e entregue aos ladrões”, lamenta o deputado.
Outro problema, segundo o deputado, é o acúmulo de lixo nas cabeceiras da ponte. Duas lixeiras viciadas são resultado da presença de vendedores ambulantes nos lados de Manaus e Iranduba. “Como não existe fiscalização, os ambulantes atuam livremente”, denuncia Dallas. “No final do dia, o lixo é jogado na beira da estrada e vai parar nas águas do rio Negro”, acrescentou.
Num trecho de aproximadamente 50 metros, centenas de garrafas pet estão acumuladas. “A sujeira é tão grande que já compromete a beleza do lugar”, completou o deputado.
