Arthur mostra a Melo como se administra uma crise e põe fim à greve dos rodoviários em menos de 24 horas

Ao contrário do governador José Melo, que preferiu se manter equidistante da crise causada pelos detentos, o prefeito Arthur Neto acaba de mostrar como se administra uma grande crise. Em menos de 24 horas, ele conseguiu reunir todos os lados em uma mesma mesa, comandou um acordo de cavalheiros e encerrou a greve dos rodoviários.

Primeiro, Arthur mostrou firmeza, ao deixar claro que não aumentaria a tarifa – pano de fundo da crise – sob pressão de rodoviários e empresários. Depois, quando a Justiça mostrou estar disposta a colaborar e decretou a prisão da direção do Sindicato dos trabalhadores, deixou a sua porção diplomata – ele faz parte do corpo de embaixadores formados pelo Instituto Rio Branco – aflorar e estendeu a mão para um acordo.

Aí, foi a hora do carisma entrar em cena. Comandando a mesa de negociação, o prefeito distribuiu simpatia, mostrou o que cada parte perderia com uma greve condenada pela Justiça e mais uma vez se dispôs a ser o canal para um entendimento que não permita ao setor continuar conflagrado.

Aliás, tem sido assim desde o primeiro ano de sua primeira administração. Este blog já criticou o prefeito em várias ocasiões, mas reconhece sua capacidade de negociação e diálogo. Não é a primeira vez que ele se envolve pessoalmente no litígio entre empresários e trabalhadores do transporte coletivo, categorias tão ou mais conflagradas que as facções criminosas, embora bem menos violentas e sanguinárias.

José Melo tem mantido a população em constante tensão, com sua incapacidade de decidir rápido e a insistência em culpar sempre os outros pelos problemas. Na crise dos presídios, jogou a responsabilidade sobre a empresa Umanizzare, mas não teve coragem de rescindir seu contrato e ainda a defendeu dos ataques de advogados e do Ministério Público de Contas

Hesitante e covarde, Melo bem que poderia aprender com Arthur e passar e encarar de frente a crise da saúde e a crise dos presídios, ao invés de manter no cargo secretários desgastados e inconfiáveis como Pedro Elias.

Detalhe: Pedro Florêncio e o comandante da Polícia Militar, Augusto Sérgio Farias, só saíram porque pediram, reconhecendo as próprias fragilidades.

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