O prefeito Arthur Neto passou os últimos dias analisando os resultados do primeiro turno da eleição para prefeito de Manaus, enquanto seu vice, Marcos Rotta, cumpriu expediente em Brasília, na Câmara dos Deputados. A partir de amanhã, ambos estarão de novo nas ruas da capital, em contato direto com o povo. “È nos bairros que eu vou procurar os meus guerreiros”, diz o primeiro colocado no primeiro round, com mais de 364 mil votos.

Lutar contra as principais correntes políticas do Estado não é bem uma novidade para Arthur. Em 1988, quando ganhou a primeira eleição para prefeito de Manaus, a principal chapa concorrente tinha a encabeçá-la a lenda Gilberto Mestrinho, cujo vice, coincidentemente, era Josué Filho, pai do vice da chapa que concorre com ele hoje, Josué Neto. Junto com eles estava o então governador, Amazonino Mendes, o prefeito Manoel Ribeiro, todos os senadores, quase todos os deputados federais e quase todos os vereadores. No final, deu Arthur.

“Tem gente que pensa que isso aqui é uma guerra de soldadinho. Quem tem mais soldadinho, ganha”, ironiza Arthur, referindo-se a um jogo infantil muito conhecido na década de 70 e 80, o “Soldadinho de Chumbo”. Ele ressalta que a transferência de votos é um instituto há muito enterrado. “Sendo candidato eu tenho X votos. Não sendo, eu não sei se transfiro além do meu próprio voto”, exemplificou.

“Tem gente que faz muita promessa, daqui a pouco está pendurado nas promessa. Um quer ser presidente da Câmara, outro vai ser secretário. Ninguém indica secretário meu. Pode até ser filiado a algum partido, mas tem que ter a minha confiança. No dia que a perder, eu tiro. Isso desagrada muita gente. Eu faço política sem concessões, essas concessões que afastam o povo da política. A Prefeitura não é bolo para ser fatiada”, disse.

“Vamos arregaçar as mangas e caminhar com as pessoas neste segundo turno”, disse ele.