Após conversa com deputados, Ibama suspende operação “Ouro Fino” em Humaitá

O superintendente estadual do Ibama, José Leland Barroso voltou atrás e decidiu suspender a Operação “Ouro Fino”, no rio Madeira, até que os extrativistas se regularizem junto aos órgãos ambientais. Ele foi convencido pelos deputados Cabo Maciel (PR) e Abdala Fraxe (Podemos) em reunião realizada ontem, na sede do órgão.

Participaram da reunião ainda o prefeito de Humaitá, Herivaneo Seixas, e os vereadores Valdeir Malta, Joel Guerra, Totinha e Manoel Domingos, que relataram o ocorrido ao superintendente.

Foram apreendidas 37 balsas. Depois disso, em reunião na Prefeitura de Humaitá, foi concedido um prazo de 20 dias para que todos os pudessem se regularizar. Segundo os vereadores, este período não foi respeitado pelo Ibama e, para surpresa dos garimpeiros,  seus equipamentos foram queimados, sob alegação de que não havia como remover as balsas até o porto da Marinha. Essa justificativa não foi aceita pelos mineradores, uma vez que as embarcações estavam numa localidade acima da cidade e poderiam ser transportadas até mesmo por uma rabeta, tendo a correnteza do rio a seu favor.

A ação do Ibama em tocar fogo nas balsas gerou de imediato uma revolta dos garimpeiros, que já se encontravam reunidos na sede do município tratando do pedido de renovação de licença e outros da regularização das balsas. Ao serem informados da ação do Ibama, eles se reuniram e partiram para a casa do prefeito Herivaneo Seixas, que foi coagido levado até a sede do Ibama em Humaitá, onde decidiram tudo, além da sede do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Idam, que foram totalmente destruídos.​

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