Amazonino também já recebe os primeiros apoios, mas vai continuar afirmando que não quer “conluios”

“O apoio quem vai dar é o povo. A apoio de um político só é legítimo e correto quando é dado pelo povo. Não creio muito nesse processo político de conluio partidário ou coisa parecida. Quem decide não é o partido, quem decide é o povo”. A frase pronunciada pelo ex-governador Amazonino Mendes (PDT), na noite de domingo, após a divulgação do resultado do primeiro turno, indica que ele não procuraria políticos para acertar apoio no segundo turno. Mas a coligação trabalha freneticamente nos bastidores em busca de alianças.

Nas últimas horas, os maiores articuladores de Amazonino trabalharam em várias direções. O prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB), chamou para conversar todos os vereadores que estavam apoiando a candidata Rebecca Garcia (PP) e fazem parte de sua base de apoio, inclusive o vice dela, vereador Felipe Souza (PTN). Todos aderiram à campanha do ex-governador. O presidente da Câmara Municipal de Manaus, Wilker Barreto (PHS), que também foi candidato a governador, foi outro alvo do prefeito. Ele deve se engajar no grupo nas próximas horas.

O senador Omar Aziz (PSD) trabalhou forte com os dissidentes de seu próprio partido. Conseguiu a adesão do deputado Francisco Gomes, mas não convenceu o governador interino, David Almeida, e o deputado Ricardo Nicolau, que aderiu a Eduardo Braga (PMDB). Desde a noite de domingo, Aziz tenta demover Almeida da ideia de também aderir a Braga. Trabalha para que ele fique neutro, como o presidente da Assembleia Legislativa, Abdala Fraxe, que foi convencido a não declarar apoio a ninguém. O deputado Orlando Cidade (PTN) também foi cooptado pelo grupo de Amazonino.

Omar agora trabalha para tentar neutralizar os prefeitos que apoiaram Rebecca Garcia e também conduzir o PT para o muro.

Amazonino não se envolve diretamente nestas articulações. Faz parte da estratégia da campanha.

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