A união faz a força

Por Ronaldo Derzy Amazonas*
“Vamos à luta servidores da saúde especialmente das fundações demonstrando nosso inconformismo com esse descalabro de projeto de lei, provando para o melo e para os deputados que nossa unidade será o muro de contenção para o avanço dessa onda de insanidade, baixeza e perseguição por sobre a área da saúde e seus servidores.”
Com esse parágrafo acima fechei o artigo da semana passada aqui nesse espaço cujo titulo era A veia ditatorial do melo.
Fazia anos que não experimentava sensação de unidade e busca por um objetivo comum tão forte e determinado quanto o que observei durante toda a semana passada quando  diretores, usuários do SUS e servidores da saúde especialmente das fundações, se irmanaram contra a mensagem de lei governamental que propunha acabar com a forma democrática e salutar  de indicação direta pelos servidores de uma lista tríplice a ser apreciada pelo governador e a partir dela a escolha soberana do chefe do poder executivo.
A pressão foi total e direta sobre os deputados estaduais da base aliada e da oposição ora nos corredores ora nos gabinetes de suas excelências sempre de forma ordeira porém  sempre com argumentos irrefutáveis sobre uma matéria de lei do executivo que sequer teve a ousadia de explicitar as motivações que ensejaram essa tentativa de golpe sobre instituições históricas e sobre a democracia construída há décadas.
Há que se destacar que os servidores das fundações e suas associações, receberam a solidariedade e o apoio do SINDAFISCO, do SINDAGENTE, do SINFAR, da ABEN, da UGT e até do SINDISAÚDE (dito sindicato pelego) os quais durante todo o périplo empreendido pela Assembleia Legislativa e nas assembleias gerais realizadas, se fizeram presentes lado a lado com os servidores das fundações mais prejudicadas pela medida do melo.
O recuo do governador pela retirada do artigo da lei que atingia em cheio essa forma de escolha de dirigentes, ousou inclusive utilizar um trecho do manifesto distribuído pela Associação dos Funcionários da Fundação Alfredo da Matta onde se  falava que esse processo de indicação está enraizado na cultura democrática dos servidores. E isso é a plena verdade!
Não se pode permanecer impune quando se avança contra a democracia achando que os servidores da saúde especialmente das fundações iriam assistir contemplativamente essa tentativa torpe e vertical de Impor normas e vontades as quais depõe contra a história e a organicidade que são colunas mestras da construção dessas instituições e contra inquestionáveis respostas técnicas, científicas e assistenciais que produzem para os usuários do SUS. Prova inconteste disso é que nas fundações onde seus servidores não são consultados para manifestar suas preferências sobre qual dirigente ele gostaria de ver à frente da sua fundação, o caos administrativo e técnico imperam posto que seus dirigentes foram impostos apenas para atender a interesses políticos escusos.
Mas a luta não pára por aí!
Dia 05/04 nova manifestação pacífica e ordeira dos servidores da saúde do estado está programada e sendo gestada lembrando ao governo que estamos no aguardo de uma resposta sobre o documento protocolado na SUSAM após a manifestação do dia 15/03 contendo a pauta de reivindicações com três itens e que calam fundo nas mais nobres e urgentes necessidades dos servidores. Fora melo!
Té logo!
*O autor é empresário, farmacêutico e líder do Movimento dos Servidores da Saúde

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