A arte da insensatez

Por Ronaldo Derzy Amazonas*
Pululam Brasil afora exposições em museus, em espaços culturais  bancários e de universidades daquilo que os intelectuais de esquerda e parte considerável de cidadãos curiosos convencionam chamar de “arte contemporânea” e, alguns que se acham mais intelectualizados que nós, pobres mortais, denominam de “arte pós moderna”.

Pra mim nem arte, nem moderna, talvez, contemporânea demais pro meu tão tenro gosto por coisas do tipo.Bom, mas o pano de fundo causador de tamanha perplexidade na sociedade, de vasta cobertura da imprensa, xingamentos e comentários furiosos nas redes sociais e ainda invasão desses espaços com discursos e discussões acaloradas é e tem sido o vil e repugnante aproveitamento dessa “arte” para abusar de temas quando não das próprias crianças na mais escandalosa tentativa de trazer à tona assuntos como: identidade de gênero e assimilação da pedofilia como algo aceitável; isso pra ficarmos apenas no contexto infantil da baixaria.De um lado os defensores dessa “arte” e, de outro, cidadãos que como eu jamais haverão de aceitar que as nossas crianças sejam usadas como objeto e com o objetivo recriminável de lavagem cerebral quando estão ainda na fase de descobertas do eu e cujas inocências  não podem ser manipuladas por quem as deveria proteger e amar.Pode um pai, mãe ou responsável espancar uma criança? O ECA permite? A sociedade aceita? A resposta uma um rotundo NÃO!
E, se essas agressões são proibidas pela norma, porque então aos pais ou responsáveis seria permitido levar seus filhos a espaços de adultos e expô-las ao vexatório,  criminoso e ridículo constrangimento de, não somente ver porém, interagir e serem obrigadas a contracenarem com os patéticos e imorais espetáculos da pós modernidade?Ora, senhores moderninhos esquerdistas contenham-se porque a paciência da sociedade está se esgotando!  E quando o escárnio, o tripúdio e o desrespeito para com a fé e a crença alheias igualmente tomam proporções inimagináveis? E quando o ódio obnubila a mente      e a pseudo arte dá lugar ao terror cultural? E quando tudo isso é feito por um NEGRO? E quando muitos negros clamam por igualdade e respeito? E quando a sociedade em nome dos valores culturais se omite e assiste impassível e contemplativamente a essa agressão gratuita?
Eu só tenho a dizer não a essa ofensa porque se um cristão católico se calar diante dessa aberração humana e cultural as pedras clamarão.Digo isso diante de outra forma de agressão repetitiva protagonizada por essa gente movida a fumaça e pó, que tem sido a de abusar da fé cristã utilizando-se de ícones católicos em performances bizarras, asquerosas  e provocativas; mais lamentável ainda é que essa agressão em forma de “arte” tem como atores principais homens e mulheres negras, uma  minoria que luta por meio dos seus expoentes mais éticos e honestos, pela afirmação da raça, pela ocupação dos espaços na sociedade, pelo reconhecimento dos seus direitos e sobretudo pela inclusão por meio das cotas.
Como querer afirmação se cometem os mesmos abusos a que foram alvo por séculos? Como buscar o reconhecimento se agridem gratuitamente quem lhes pode estender a mão na luta pelos seus direitos de inclusão social?Diante desse quadro quase dantesco que nem é arte e muito menos cultura, o que campeia é a arte da insensatez, é a cultura da intolerância e a busca de uma auto afirmação por meio de atitudes e gestos que mais dividem do que ajuntam numa sociedade que sofre as agruras por causa de uma minoria enferma  incapaz de perceber a capacidade destrutiva dos seus atos visivelmente egoístas.
Não posso deixar de questionar ainda a atitude contemplativa de certos poderes e autoridades  constituídas que só agem quando provocadas diante dessas barbaridades cometidas ora por entidades, ora por grupos, ora por pessoas desprovidas de senso de ridículo. E, quando o poder constituído não adota as providências nos limites da lei, a sociedade agredida nos seus mais elementares princípios, lança mão dos mecanismos menos apropriados e parte pra manifestação ou para a agressão na tentativa de, ou chamar atenção ou fazer valer seus direitos.
Té logo!